segunda-feira, 14 de julho de 2008

Sim. A minha dor traz o teu nome.
Não que isso te interesse.
Talvez seja um pouco estranho para as outras pessoas perceberem porque escrevo tanto sobre ti e, sobretuudo, para ti quando, de facto nem sonhas que este local existe.
Escrevo para me libertar de ti.
Escrevo porque ainda te amo, da mesma forma de quem olha para uma braseira repleta de cinzas só porque adora ver a incadescências das brasas, ainda que estas não passem já de alfinetes milimétricos por entre as cinzas...
Escrevo porque vivo na ansiedade e na angústia. Sei que ainda não acaboul. Sei que ainda não treve um fim. Sei que vais querer ter a tal conversa, mesmo que ela já não me interesse e não sei se terei forças suficientes quando esse dia chegar... Quero ter, mas é muito difícil aceitar e ultrapassar tudo o que se passou... Prefiro fingir que não aconteceu!
A minha dor tem o teu nome. E duvido que algum dia passes pelo que eu passei até agora. Vives para ti, para a essência de ti e eu ajudei-te na tua reconstrução e tu esmagaste-me como se esmaga um escaravelho nojento, com a pontinha da bota, sorrindo ao ouvir o CRACKKK que faz ao ser esmagado...
Mein schmerz tragt deinen namen, mas um dia vai simplesmente deixar de doer.
Rezo para que esse dia seja amanhã pois hoje já me sinto um pouco mais forte...
E eis que o teu perfume ainda chega às minhas narinas, ocasionalmente, sem eu perceber bem porquê...

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