Nunca deixar que ninguém me corte as asas, ninguém, nem a própria vida.
Eu quero voar, voar para bem longe, libertar-me das correntes impostas pela dor e voar rumo ao horizonte, perdendo-me no infinito dos meus sonhos.
Não quero ficar aqui, onde todos exigem demasiado de mim, impedindo-me de ser totalmente feliz. Não quero a vida fútil que elas levam, cozinhar, lavar, arrumar, limpar, nada é disso é para mim. Não quero viver presa como um passarinho enjaulado que vê o mundo pelas frinchas da sua gaiola.
Mas por agora aguento.
Ouço as críticas, sem reclamar, choro baixinho para que elas não deem conta das minhas lágrimas, digo sim e finjo admirar o que elas me gritam. Mas não admiro.
E um dia vou abrir a janela do meu coração e saír, o mundo está lá fora à minha espera. E elas vão ficar a ver-me bater as asas, afastar-me destas regras que me aprisionam, e vão ver todos os meus sonhos que nunca apoiaram concretizar-se um a um, como se a felicidade retribuisse agora por todos os anos de sofrimento.
E eu hei-de ser feliz. Sei que sim. Hei-de lutar, lutar sempre até ao fim, pelo que acredito.
Elas um dia ainda me vão pedir desculapas por nunca terem acreditado nas minhas capacidades.
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