segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Hoje acordei sozinha, novamente.
É sempre assim, depois do sol sempre vem a chuva,
depois da festa há que limpar a casa,
depois da alegria sempre volta a tristeza,
e com o amor vem a saudade.
Sim, saudade.
Acho que a lingua portugesa é a única com esta palavra.
Nunca a compreendi, nunca percebi muito bem porque é que temos de a sentir de tal maneira,tão intensamente,sem querermos...
Parece que, de certa forma, a saudade é o preço a pagar por amarmos alguém.
Mas agora, sentada na cama fria e vazia, o meu coração encolhe-se ao pensar no teu nome e uma força dentro de mim impede-me de pensar noutras coisas.
Quero é ir pegar no telefone e ligar-te, ligar para Espinho, onde estás em estágio, mandar o teu treinador aos arames e ficar horas a falar contigo.
E, se ficares cansado, escusas de falar, eu contento-me só de ouvir a tua respiração...Mas não pode ser. E como não pode ser, passo o dia inteiro a correr para o telemóvel, à espera dum sms a dizer qualquer coisa.
Sabes, nunca tive grande aptidão para desporto, mas bato recordes olímpicos a correr cada vez que o telefone toca, ansiando por uma chamada tua.
E fico assim, com saudades tuas, saudades de ti e do que me dás, de ambulando pela casa procurando qualquer coisa que me entretenha e me desvia atenção da tua ausência, esperando que tu também sintas saudades minhas, porque saudade é quase sinónimo de amor e eu quero muito que tu me ames.

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